Figuras mundiais da história e da cultura em nova emissão filatélica dos CTT
11 de Julho, 2019
Os CTT apresentam, esta sexta-feira dia 12 de julho, uma emissão filatélica dedicada a três figuras mundiais da história e da cultura, a pianista Clara Schumann, o compositor Jacques Offenbach e a bailarina Margot Fonteyn.
O selo de Clara Schumann tem uma fotografia da pianista, em Viena, de 1866 de Carl von Jagemann e como fundo, a Clara Wieck, em Hanover, de 1835, uma litografia de Julius Giere; o selo de Jacques Offenbach, tem uma fotografia sua de Nadar, em Paris, de 1876 e como fundo um cartaz de Orpheu no Submundo, do Teatro de la Gaitê-Montparnasse, em Paris, de 1874; o selo de Margot Fonteyn tem uma fotografia da bailarina em Les Rendezvous, no Sadler’s Wells Theatre, em Londres, em 1935 e outra em Le Corsaire, na Royal Opera House, em Londres, em 1970.
Clara Schuman, nasceu em 1819 em Leipzig. Casou aos 21 anos com o compositor Robert Schumann (1810-1856), de quem viria a ter oito filhos e trilhou um árduo caminho para se afirmar como pianista e compositora. Para além das obrigações familiares, viu com frequência o talento ofuscado pelo espírito neurótico e depressivo de Robert, que morreu num manicómio. A viuvez permitiu-lhe desenvolver a carreira artística, incluindo os concertos de que tanto gostava. Apesar de compor, sendo uma das mais reconhecidas obras o Scherzo em Dó menor, Op. 14 (1845), continuou a interpretar as obras do marido e de Brahms, de quem foi amiga próxima.
Jakob Eberst, nasceu também em 1819, numa família judia da cidade alemã de Colónia e teve uma educação musical precoce, com o pai, cantor na sinagoga local. Aos 12 anos, era já um excecional violoncelista. Foi para Paris estudar e lá mudou o nome para Jacques e adotou o apelido Offenbach em homenagem à terra natal do progenitor. Identificando-se com a boémia e a frivolidade da época, o compositor participa na afirmação meteórica da opereta, declinação ligeira e humorada da ópera.A sua obra mais conhecida, os Contos de Hoffmann, só estreariam cinco meses após a sua morte.
Margot Fonteyn, uma bailarina inglesa nascida em 1919, ingressou com 16 anos na Vic-Wells Ballet School, mais tarde rebatizada de Royal Ballet, não tendo parado mais de se afirmar pela qualidade dos seus desempenhos. Em 1955, dançou a Bela Adormecida no Ed Sullivan Show. Nada de extraordinário, se se tiver em conta que, já em 1936, em Londres, a bailarina atuara numa emissão experimentalde televisão. Em 1979, atribuíram-lhe a distinção prima ballerina assoluta, reconhecendo a sua excecionalidade.
Esta emissão filatélica é composta por três selos com o valor facial de 0,86€ e uma tiragem de 100 000 exemplares cada. O design esteve a cargo do B2 Design e os selos têm um formato de 30,6mm X 40 mm. As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio II no Porto, Zarco no Funchal e Antero de Quental em Ponta Delgada.