Os CTT lançaram uma emissão filatélica que celebra os 100 anos do eclipse de Einstein, a 29 de maio de 1919, com dois selos e um bloco filatélico com um selo. Uma fotografia do físico, do arquivo de História Universal, uma fotografia do eclipse total do sol e uma imagem do eclipse solar de 1919, foram os desenhos escolhidos para homenagear o centenário desta efeméride.

Será também lançado pelos CTT, no mesmo dia da emissão, o livro “O Eclipse de Einstein – Entre Lisboa, Londres, Sobral e o Príncipe”, da autoria de Nuno Crato e de Luís Tarapicos. Uma edição bilingue com uma tiragem limitada a 4000 exemplares que contém a emissão filatélica aqui descrita.

Foi durante o eclipse total do sol, no dia 29 de maio de 1919, que a teoria da relatividade de Albert Einstein foi posta à prova, através de observações realizadas durante este eclipse. Foi um marco muito importante para o mundo porque alterou a compreensão que havia até então do Universo. A sombra da Lua projetou-se na superfície terrestre, percorrendo uma faixa que se entendeu da América do Sul até Africa, passando pelo oceano Atlântico.

Duas equipas de astrónomos britânicos estacionadas em dois pontos da estreita faixa onde o eclipse era total – em Sobral (Ceará, Brasil) e na Ilha do Príncipe (golfo da Guiné, na época sob administração portuguesa) – registaram o fenómeno fotografando a posição das estrelas observadas nas imediações do Sol.  As expedições foram preparadas com a ajuda dos astrónomos portugueses e brasileiros e das autoridades dos dois países. Conseguiram tirar-se algumas fotografias na Ilha do Príncipe mas foi no Brasil que se reuniram mais provas fotográficas.

Após as observações, verificou-se que os valores encontrados concordavam com as previsões da teoria de Einstein. No início de novembro de 1919 quando os resultados da observação do eclipse foram divulgados, numa sessão conjunta da Royal Society e da Royal Astronomical Society, em Londres, Albert Einstein tornou-se no cientista mais famoso do século.

Esta emissão filatélica é composta por dois selos um com o valor facial de 0,53€ e outro com o valor facial de 0,91€, ambos com uma tiragem de 100 000 exemplares cada e um bloco com um selo com o valor de 2,5€ e uma tiragem de 40 000 exemplares. O design desta emissão pertence a Folk Design e os selos têm uma dimensão de 30,6X40 mm. As obliterações de primeiro dia foram feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio II no Porto, Zarco no Funchal e Antero de Quental em Ponta Delgada.