Os CTT apresentam, esta quinta-feira, dia 22 de abril, uma emissão filatélica com dois selos sobre os 200 anos da extinção da Inquisição em Portugal.

Um dos selos mostra um pormenor da réplica do painel de azulejos historiados do Padrão do Senhor Roubado, do séc. XVIII; uma bandeja de prata do tinteiro do Conselho Geral do Santo Ofício onde tem gravado o símbolo da Inquisição: a cruz rodeada pela legenda - IN HOC SIGNO VINCES; e no fundo um pormenor do frontispício de: Baltasar Álvares.

O outro selo desta emissão apresenta o Palácio da Inquisição no Rossio, um desenho de Nogueira

da Silva e gravura de Alberto; estudos de Veloso Salgado para a tela Cortes Constituintes de 1821, um  retrato de Francisco Margiochi; e no fundo, as Bases da Constituição Portuguesa.

De acordo com o historiador, António Ventura, autor da pagela desta emissão, “na sessão de 5 de fevereiro de 1821 das Cortes Gerais e Constituintes da Nação Portuguesa, reunidas desde 26 de Janeiro no Palácio das Necessidades, o deputado Francisco Simões Margiochi apresentou diversas propostas visando a abolição dos tributos vis e do Juízo da Inconfidência, a abertura das prisões, a limitação do poder da polícia e a extinção do Tribunal da Inquisição. Para além de preparar a futura Constituição, as Cortes irão aprovar diversas leis tendentes a eliminar práticas e instituições do absolutismo, consideradas incompatíveis com a nova ordem que se pretendia construir. A 31 de Março, era publicado o decreto que, no seu Artigo 1.º, extinguia a Inquisição.

Esta emissão filatélica é composta por dois selos com o valor facial de 0,53€ e 0,88€ e com uma tiragem de 100 000 exemplares cada. O design dos selos esteve a cargo de Fernando Pendão do Atelier Pendão & Prior.  As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio II no Porto, Zarco no Funchal e Antero de Quental em Ponta Delgada.