Esclarecimento CTT sobre declarações de representante da RTSST
7 de Abril, 2020
Os CTT refutam veementemente as afirmações do Sr. Samuel Vieira, um dos representantes dos trabalhadores dos CTT para a Segurança e Saúde no Trabalho, não sendo percetível a condição em que faz tais afirmações.
No que diz respeito aos Representantes dos Trabalhadores dos CTT para a Segurança e Saúde no Trabalho, a Empresa está a organizar, por sua iniciativa, uma reunião através de meios tecnológicos, em linha com as orientações emanadas no atual contexto da infeção CoViD-19. É falso que esta entidade não tenha obtido qualquer resposta da administração dos CTT, na medida em que não foi solicitada aos CTT a realização de qualquer reunião, tendo a mesma sido solicitada, isso sim, por uma outra entidade – a Comissão de Trabalhadores – que, de resto, já foi esta segunda-feira realizada e na qual foram debatidos assuntos relacionados com Planos de Contingência, disponibilização de Equipamento de Proteção Individual, entre outros.
É falso que não exista um plano de contingência, como refere a RTSST em comunicado. A empresa tem levado a cabo um conjunto de medidas mitigadoras do contágio dos seus trabalhadores, já amplamente divulgadas, quer para a Rede de Lojas quer para a distribuição. Estas medidas incluem, além do Equipamento de Proteção Individual, na rede de atendimento, a redução dos horários de funcionamento das Lojas, a espera pelos clientes fora das mesmas, um número de clientes dentro das Lojas de acordo com o número de balcões em funcionamento e a existência de proteções acrílicas amovíveis em todos os balcões de atendimento; nos serviços centrais, o regime de teletrabalho; na rede de distribuição e outras áreas operacionais, a execução de uma estratégia de contingência em linha com a adotada pelos demais serviços públicos essenciais, baseada na rotatividade e alternância de equipas de modo a proteger os colaboradores e clientes e a assegurar a continuidade da atividade.
No âmbito das iniciativas de mitigação de risco, os CTT desde logo conceberam o Plano de Contingência e Continuidade de negócio CTT, tendo criado no início de março um Comité de Gestão de Crise, para assegurar a coordenação e implementação das medidas que constam do Plano de Contingência e Continuidade de negócio CTT, bem como garantir a comunicação entre as várias áreas internas, a informação e apoio adequados junto dos colaboradores, promovendo as medidas mitigantes dos principais riscos.
Este plano de contingência e de mitigação do contágio previu, desde logo e para assegurar a segurança dos trabalhadores e clientes, a massificação da distribuição de equipamentos de proteção, não se escusando a procurar as melhores soluções, desde o gel desinfetante às máscaras, luvas e viseiras protetoras, donde se pode detalhar o material adquirido desde 6 de março:
- 2 embalagens individuais, uma de 200ml (6.000 unidades) e outra de 100ml (6.000 unidades), para abastecimento de gel álcool;
- 2.000 proteções de acrílico para os balcões de atendimento (Lojas e Operações);
- 5.000 viseiras de proteção individual. Até quarta-feira vão ser distribuídas mais 4.000, totalizando 9.000 viseiras;
- 40 termómetros digitais "no touch" para as salas de isolamento e portarias dos edifícios;
- 2.358 embalagens de 750ml de líquido desinfetante de superfícies. Esta semana os CTT vão distribuir mais 500 embalagens, para serem utilizadas na desinfeção de viaturas e para repor stock nos locais em que se mostre necessário;
- 46.510 máscaras cirúrgicas esterilizadas, 30.000 das quais na semana passada;
- 5.830 litros de gel álcool. Como este artigo não pode ser transportado de avião inicialmente adquirimos nos Açores e na Madeira para ser utilizado nas ilhas. Atualmente já não existe gel álcool disponível nos Açores e na Madeira pelo que adquirimos esta segunda-feira 100 litros deste produto alternativo para enviarmos para os Açores e para a Madeira;
- 132.450 pares de luvas. Esta semana a Empresa vai receber mais 20.000 pares de luvas.
- 400 litros de desinfetante Microbe Shield Z-71 da marca Zoono (eficácia superior a 99,99% ao fim de 5 minutos e possui uma ação duradoura e prolongada, mantendo-se ativo o efeito biocida até 30 dias), dos quais 100 litros terão aplicação já esta semana.
Os CTT têm um plano de contingência e de atuação detalhado para cada situação, procurando que as suas equipas estejam habilitadas à prestação do serviço reduzindo o nível de contacto com os clientes mitigando riscos de contágio. A empresa tem procedido à nebulização dos espaços cuja atuação justifica esta medida.
Os CTT regem-se pelas orientações da Direção-Geral de Saúde, no que aos equipamentos de proteção diz respeito, bem como à linha de atuação, relativamente às situações do potencial contágio e contágio confirmado.
Importa lembrar que os CTT cumprem escrupulosamente todas as indicações das autoridades competentes. Todas as situações de isolamento em situações de suspeita de contágio por CoViD-10 são acompanhadas e decididas por esta Entidade. A determinação de isolamento profilático e de realização de testes é da exclusiva responsabilidade da Autoridade de Saúde, sendo que a Empresa age em conformidade, designadamente, no que diz respeito aos colaboradores que devem manter-se ao serviço, reforçando as medidas preventivas nessas instalações. Adicionalmente, nestas situações, as respetivas instalações são alvo de uma ação de nebulização / desinfeção.
Os CTT lamentam afirmações falsas e alarmistas, que no contexto em que se vive, só contribuem para a destabilização dos trabalhadores que tão nobremente tem servido a população portuguesa, num momento ímpar das suas vidas.
Através de todos os seus trabalhadores, os CTT têm, em conjunto com um universo de outras empresas, contribuído para a manutenção das atividades essenciais à vida dos portugueses, no contexto do Estado de Emergência.
A Empresa agradece a todos os colaboradores e em particular aos Carteiros e Atendedores, que todos os dias continuam a desempenhar as suas funções com entrega e profissionalismo, para assegurar que nada falte aos clientes e às empresas, permitindo que os Portugueses fiquem em casa, em segurança, como recomendam as Autoridades de Saúde.