CTT vão financiar projetos escolhidos pelos portugueses

22 de Setembro, 2023

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Todos os anos, os CTT – Correios de Portugal compensam as emissões carbónicas das suas atividades de Correio Verde e oferta Expresso Nacional, apoiando dois projetos, um em Portugal e outro no estrangeiro. Este ano vamos compensar as emissões carbónicas diretas da atividade Expresso em Portugal e, para isso, as votações já se encontram a decorrer no site dos CTT.

A estratégia de sustentabilidade dos CTT está alinhada com a ambição de limitar o aquecimento global a 2ºC até 2030. Assim, as emissões carbónicas produzidas ao longo da cadeia de valor, impossíveis de evitar, são integralmente compensadas através do apoio a projetos pré-selecionados que apresentam benefícios ambientais, nomeadamente no combate às alterações climáticas e na promoção da biodiversidade, e também sociais, como a geração de emprego e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.

 Os projetos que se encontram em votação são:

Nacionais

Recuperação de animais selvagens

Este projeto visa devolver a biodiversidade faunística às florestas nacionais, tornando-as mais resilientes e adaptadas às condições climáticas previstas para o nosso país.

Uma floresta com um ecossistema equilibrado é uma floresta mais resiliente aos eventos climáticos que surgem cada vez mais fortes e frequentes no nosso país. Este projeto leva a cabo a receção de animais selvagens debilitados, em centros de recuperação e a sua devolução ao meio natural, promovendo a conservação de áreas naturais, valorizando assim o património natural da região onde se inserem. O projeto permite também a realização de estudos relativos à biologia das espécies, programas de reprodução em cativeiro, ações de educação ambiental e ações de formação, sempre que estas atividades não interfiram com o processo de recuperação dos animais. Este programa não promove a redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), mas apoia na adaptação às Alterações Climáticas.

Preservação do Parque Natural Sintra – Cascais

Um projeto que visa a erradicação de espécies invasoras e a plantação de espécies autóctones permitindo restaurar o equilíbrio do ecossistema, preservando assim a biodiversidade natural do Parque, tornando-o um espaço mais resiliente às alterações climáticas.

Com uma componente de sensibilização ambiental muito forte o projeto conta com o envolvimento da comunidade em geral, para a realização de diversas ações como a de plantação de árvores autóctones, a de erradicação de espécies invasoras, a do controlo de erosão, entre outras, com vista à proteção da fauna e flora do Parque Natural Sintra-Cascais.

Estas atividades de criação e conservação maximizam os serviços que o ecossistema presta, enquanto suporte de biodiversidade tornando-os mais resistente a pragas e períodos de seca ou chuva intensas, ajudando assim a manter a fertilidade do espaço e o equilíbrio das paisagens, para além do sequestro de carbono.

Internacionais

Brasil - Envira, prevenção da desflorestação

Este projeto tem como objetivo a proteção florestal e a prevenção da desflorestação não planeada e ilegal da floresta nativa amazónica, promovendo a gestão florestal sustentável.

O projeto Envira Amazónia protege 39 000 hectares de floresta tropical junto ao rio Jurupari, perto da cidade de Feijó, no estado do Acre, Brasil, área fortemente desbastada quer pela desflorestação intensiva, quer pela criação de gado na região.

Mais de 200 pessoas beneficiam agora direta e indiretamente das atividades do projeto através de apoios e cursos agrícolas e alternativas económicas sustentáveis como a plantação de seringueiras, com o objetivo de restabelecer a árvore na região e ajudar as comunidades seringueiras a vender a borracha. Conta ainda com melhorias nas infraestruturas e construção de um centro de saúde e clínica dentária.

Brasil - Argibem, utilização de biomassa renovável

O projeto centra-se em tornar sustentáveis três fábricas de cerâmica, localizadas numa região de grande riqueza e características ecológicas únicas da Mata Atlântica.

Este projeto é composto por três pequenas fábricas de cerâmica Argibem, São Sebastião e Vulcão, situadas no estado do Rio de Janeiro, Brasil, onde são produzidos produtos estruturais cerâmicos, como tijolos, para serem comercializados no mercado regional. Em busca de práticas mais sustentáveis, as fábricas deixaram de lado a prática comum do uso de combustível fóssil, optando por biomassa renovável proveniente de atividades locais de reflorestação resíduos de madeira e serradura.