CTT apresentam livro com emissão filatélica "D. Manuel I, Venturas e Desventuras de um Rei de Portugal"
25 de Agosto, 2021
Os CTT apresentam na quinta-feira, dia 26 de agosto, o livro “D. Manuel I, Venturas e Desventuras de um Rei de Portugal”. Paulo Drumond Braga é o autor desta biografia do 14.º Rei de Portugal, lançada no ano em que se assinalam os 500 anos da morte do monarca.
O livro tem o valor de 40 euros com uma tiragem de 4 000 exemplares. Esta edição bilingue inclui a emissão homónima, composta por 2 selos e um bloco filatélico, no valor de 3,94 euros.
O design esteve a cargo do Atelier B2 Design.
D. Manuel I nasceu em 1469 e morreu, em Lisboa, em 1521. Oitavo dos noves filhos do Infante D. Fernando e neto do rei D. Duarte, nada fazia prever que um dia viria a cingir a Coroa, mas uma série de acontecimentos inesperados, entre os quais a morte prematura do legítimo herdeiro de D. João II – vítima de uma queda de cavalo na ribeira de Santarém – abriu-lhe as portas à sucessão. E assim, o “Príncipe Perfeito” acabou por designá-lo seu herdeiro e D. Manuel I subiu ao trono em 1495.
Figura relevante da história de Portugal, D. Manuel I é apelidado de o Venturoso, pois durante o seu reinado muito foi conseguido: os seus navegadores revelaram ao mundo a existência do Brasil (Pedro Álvares Cabral), alcançaram a Índia por mar (Vasco da Gama), Portugal tornou-se um dos maiores impérios do mundo, com territórios em África, Brasil, Índia e Oriente e acesso a um sem-número de riquezas.
Amante da cultura e das artes, com o Mosteiro dos Jerónimos como expoente máximo desta tendência, o rei melómano não descuidou as reformas administrativas e jurídicas necessárias à organização do já extenso Império Português, procedendo à reforma de forais e à publicação das Ordenações Manuelinas, passando pela criação das Misericórdias.
D. Manuel I estabeleceu ainda o primeiro serviço de correio público em Portugal, atribuindo o cargo de correio-mor do reino em 1520.
O Venturoso apreciava passar o verão em Sintra, «por ser um dos lugares da Europa mais fresco e alegre para qualquer rei, príncipe e senhor poder nele passar o tal tempo» e onde, compreensivelmente, se preocupou em melhorar o paço real, intervindo, entre 1497 e 1510, em espaços já existentes e mandando erguer de raiz um novo conjunto.
D. Manuel I morreu, inesperadamente, em 1521, no auge e grandiosidade do seu prestígio.