CTT apresentam emissão filatélica sobre os Arcebispos de Braga
17 de Outubro, 2019
Os CTT apresentam, esta sexta-feira, dia 18 de outubro, uma emissão filatélica sobre os Arcebispos de Braga, uma emissão que teve início em 2017, com o lançamento dos primeiros seis selos, no dia da comemoração das Bodas de Ouro Sacerdotais do Arcebispo de Braga. Esta emissão homenageia três arcebispos, passando a ser nove, os arcebispos homenageados com selos pelos CTT.
A ideia de serem lançados selos sobre os Arcebispos de Braga nasceu a propósito de um livro que será lançado sobre os “Fastos Episcopais da Arquidiocese de Braga”, iniciativa cultural da Direção da Comissão Arquidiocesana para os Bens Patrimoniais- CABP, no âmbito das atividades do Instituto de História e Arte Cristãs – IHAC.
Três selos com imagens de pinturas a óleo sobre tela, de D. Diogo de Sousa, D. Gaspar de Bragança e D. Manuel Vieira de Matos, são o que podemos ver nesta nova emissão.
D. Diogo de Sousa nasceu em Évora em 1461 e fez os seus primeiros estudos na sua cidade natal. Ainda jovem transferiu-se para Lisboa onde os prosseguiu. Estudou em Salamanca e Paris e quando regressou a Portugal foi nomeado cónego do cabido de Évora. Depois de ter sido elevado pelo Rei D. João II a Deão da Capela Real, integrando-o na embaixada a Roma de homenagem e obediência ao Papa Alexandre VI, foi em 1495 nomeado bispo do Porto. É no dia 11 de julho de 1505 que é designado arcebispo de Braga, conforme José Paulo Leite de Abreu, Professor da Universidade Católica Portuguesa, demonstra na pagela desta emissão.
D. Gaspar de Bragança nasceu em 1716, em Lisboa e era filho de D. João V, o segundo menino de Palhavã. Segundo António Franquelim S. Neiva Soares, Professor aposentado da Universidade do Minho, “foi presentado em 1756, confirmado em 1758 com posse em julho e só pessoal em outubro de 1759. Teve de aprovar o extermínio dos Jesuítas em 1759 e de vergar-se ao regalismo. Foi grande devoto e benfeitor do Santuário do Bom Jesus do Monte. Deve-se-lhe, em Braga, a fundação da capela de Nossa Senhora da Lapa, na Arcada. Como negativo, as desastrosas obras na Sé, incluindo o claustro de Santo Amaro. Muito amigo dos pobres, afável e bondoso para com todos, faleceu a 18 de janeiro de 1789.”
“D. Manuel Vieira de Matos nasceu a 22 de março de 1861, em São Miguel de Poiares, Peso da Régua. Estudou no Colégio de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego; e em Braga, no Seminário. Regressado a Lamego, foi ordenado sacerdote em 1883. Frequentou depois a Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra. Foi cónego da Sé de Viseu. A 22 de julho de 1899 foi nomeado Arcebispo titular de Mitylene e Vigário Geral do Patriarcado. Quatro anos volvidos, foi nomeado Arcebispo-Bispo da Guarda. Preso várias vezes e desterrado durante o período republicano, viria a ser nomeado para Arcebispo de Braga em 1914, tomando posse da Arquidiocese no ano seguinte”, conforme nos conta José Paulo Leite de Abreu, Professor da Universidade Católica Portuguesa, na pagela desta emissão. D. Manuel Vieira de Matos faleceu no dia 28 de setembro de 1932.
Esta emissão é composta por três selos com o valor facial de 0,53€ e uma tiragem de 100 000 exemplares cada e um bloco filatélico com um selo com o valor de 1,50€ e uma tiragem de 35 000 exemplares. O design esteve a cargo de Túlio Coelho do Atelier Design&etc e o Assessor de Arte é o Arquiteto António Gerardo Monteiro Esteves, Diretor da Comissão Arquidiocesana par aos Bens Patrimoniais.
As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio II no Porto, Zarco no Funchal, Antero de Quental em Ponta Delgada e Loja CTT Avenida, em Braga.